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SHAKESPEAREANAS Art Class | O Bardo, Prosa & Verso

Atualizado: 6 de fev. de 2023


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Kennet Branagh | All Is True


O BARDO - Prosa & Verso


Iniciação e introdução imersiva ao universo da vida e obra do Bardo de Stratford-upon-Avon no formato “Conversa aberta” propõe-se discorrer de maneira sucinta e objetiva sobre a vida e obra de William Shakespeare.

O crítico e historiador francês Hyppolite Taine dizia que Shakespeare, e depois Balzac, "são os maiores repositórios de documentos que possuímos sobre a natureza humana".

Os sentimentos sublimes, os sórdidos, a perversidade, a generosidade, a melancolia, o desespero, a paixão correspondida, a paixão sem esperança, a paixão proibida, o deboche, a ironia, o humor corrosivo, o humor ingênuo, o ciúme, a inveja, a ambição pelo poder, enfim, tudo está plasmado em dezenas de peças de teatro e poemas do Bardo inglês, um legado que se constitui numa das manifestações artísticas mais importantes da humanidade.

O ensaista americano Harold Bloom acentua que todos os livros escritos até então, se sobrepostos, ultrapassariam o cume do Monte Everest. Mas que dois desses são indispensáveis: A Bíblia e Shakespeare.

William Shakespeare criou personagens, dramas, comédias e falas que garanham as ruas, mentes e corações do mundo inteiro. Um fenômeno sem fronteiras. Frases e ideias de Shakespeare tornaram-se ditos populares, aforismos, anedotas e expressões que se repetem através dos séculos (e que muitos nem desconfiam da autoria).

" Nem tudo que reluz é ouro" faz parte do monólogo do príncipe do Marrocos no segundo ato em

O Mercador de Veneza.

"O que não tem remédio, remediado está", em Otelo.

"Meu reino por um cavalo", Ricardo III.

" Há algo de podre no reino da Dinamarca" e "há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia" estão em Hamlet. E isso é só o começo da avassaladora riqueza e inteligência da obra Shakespeareana que aproximam a obra do dramaturgo de Stratford-pon-Avon o leitor contemporâneo, transmitindo poeticidade, irreverência, força, graça, riqueza e universalidade de seu legado.


"Na Inglaterra, chove a metade do ano, e na outra metade vai chover"

Stratford-upon-Avon, cidade natal de William Shakespeare, é uma encontadora localidade de aproximadamente 30 mil habitantes (2023)- não mais de mil e quinhentos em sua época-, situada no Warwickshire, a duas horas de carro de Londres, perto de Conventry e de Birmingham. Deve-se visitá-la como Veneza, em um dia de chuva miúda de outono, quando o céu despeja não grandes lágrimas de desgosto, mas miríades de gotículas semelhantes ao orvalho. Um doce pesar.

Tudo em Stratford é consagrado ao grande dramaturgo e poeta, cognominado desde então e respeitosamente O Bardo. Desde o Shakespeare Hotel, datado em parte de sua construção, do século XVI, recebendo cerca de duzentos e cinquenta mil turistas por ano. O Tussaud's Shakesperian Waxworks, sucursal do célebre museu de cera de Londres, equivalente do museu Grévin na França, oferece-lhes a reprodução do celebre poeta local. Também o White Swan Hotel, lembra um teatro, o Swan Theatre, sob a forma fiel de uma reconstituição do original.

Sobretudo, o que atrai as multidões entre abril e meados de dezembro, é o Shakespeare Memorial Theatre, imenso prédio de tijolos vermelhos, edificados na margem do rio Avon e com jardins encantadores. O monumento de Lorde Ronald Gower à glória do Bardo, cuja estátua é cercada de quatro personagens de sua obra: Hamlet, Lady Macbeth, o príncipe Hal - futuro Henrique V- e Falstaff, seu companheiro de estrepolias e libertinagens.

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Shakespeare Memorial Theatre- Stratford-upon-Avon

Royal Shakespeare Company



 
 
 

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