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SHAKESPEAREANAS Art Class | O Projeto

William Shakespeare, 37 peças, 154 sonetos e mais os poemas, nos oferece elementos que influenciaram toda a dramaturgia mundial, constituindo-se num veículo para fomentar ideias, debater ambiguidades e contradições da sociedade ao longo dos tempos. O legado da obra de um dos maiores ícones da civilização ocidental, nos possibilita alcançar múltiplos objetivos: mostra a atualidade, resgata sua popularidade, mergulha no seu universo para aprofundar a compreensão dos mistérios da alma humana e reflete sobre questões existenciais, sócio-políticas, culturais, antropológicas e psicológicas com absoluta precisão.


O Projeto SHAKESPEAREANAS – Ciclo de Leituras Dramatizadas da Obra de William Shakespeare – assume um caráter de fundamental importância na aproximação do público com o universo do maior dramaturgo do nosso tempo. Nesse sentido, ao lançar luz sobre sentimentos, paixões e contradições humanas, nos leva a formação de platéia, o incentivo a leitura que por sua vez nos levará a levantar questionamentos e o repensar as relações do homem no grande espetáculo que nos oferece o cotidiano. Por isso, é urgente investir na preparação e formação de uma geração de bons leitores, só assim podemos vislumbrar um futuro de bons escritores.

SHAKESPEAREANAS propõe a sua circulação do projeto levando em conta a oferta restrita de opções culturais dentro do universo da dramaturgia shakespeareana.

A classificação etária LIVRE | ENTRADA FRANQUEADA na doação de 1 LIVRO


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"O universo é um infinito de possibilidades."


O INCENTIVO À LEITURA


Impus desde a concepção e idealização do projeto um formato que viesse privilegiar o segmento de pessoas que pouco ou jamais houvessem tido contatto com Shakespeare. Sem estranhamento algum, uma vez que num universo de 230 milhões de habitantes, no Brasil, quando um escritor atinge os 15 mil exemplares vendidos é considerado "best seller". Há algo de muito "podre" nessa conta.

- Lemos pouco e, quando lemos, lemos mal!

Com a sugestão de acesso as leituras dramatizadas GRATUITAS na DOAÇÃO de 1 LIVRO, o objetivo está posto: Incentivar a leitura pois, os livros oriundos das doações são diponibilizados GRATUITAMENTE em trens, salas de cinema, praças de alimentação, parques e bibliotecas das comunidades ...

O ELENCO


A aproximação do público alvo com a obra do Bardo de Stratford-upon-Avon se dá desde a seleção de elenco que é realizada com a comunidade da cidade contemplada com o projeto. Desnecessário ser ou estar inserido no universo shakespeareano, ter experiências anteriores com as obras de Shakespeare, ter formação acadêmica em artes cênicas, certificação ou graduação formal. O propósito é buscar essas pessoas e inserí-las diretamente nesse universo. O que não invalida é claro, que atuadores com essas especificações possam fazer parte do elenco. Nesse processo está a ação, na prática, da formação de plateia.


PREPARAÇÃO de ELENCO


Após abertas as inscrições via mídias sociais e meios de comunicação disponíveis online e, realizada uma audição (online) o candidato selecionado recebe o texto da obra a ser lida e as orientações preliminares junto com a agenda de ensaios preparatórios.


LEITURAS ABERTAS, QUE COMECE...


Findado o período de preparação de elenco, e aptos a entregar o prometido com honestidade, os atuadores tem seu encontro com a plateia.É o momento em que o atuador passa a condição de intermediário entre a incrível imaginação de Shakespeare e o espectador.

- E aqui, nesse processo, em que conclui-se a ação, na prática, da formação de plateia.


O REPERTÓRIO DAS SHAKESPEAREANAS


Das 37 obras de William Shakespeare, por mim classificadas e divididas em: As primeiras Comédias, Os Primeiros Dramas Históricos, As Tragédias de Aprendizado, As Altas Comédias, Os Grandes Dramas Históricos, As "Peças-Problema", As grandes Tragédias, O Epílogo Trágico e Os Romances. Dessas, 18 peças estão no repertório do projeto SHAKESPEAREANAS- Ciclo de Leituras Dramatizadas da Obra de William Shakespeare com traduções onde leitor e plateia poderão conhecer ou reler o Bardo inglês em versões que aproximam a obra do dramaturgo, em sua genialidade, ao leitor contemporâneo.

DAS TRADUÇÕES


Minhas referências de traduções do "português brasilis" encontram-se amparadas dois dos maiores intelectuais brasileiros que nos legaram versões impecáveis do obra de Shakespeare: Millor Fernandes, Beatriz Viégas-Faria e, Bárbara Heliodora, por certo, está nesse "cast". E outros tantos, "visitados" que não estão aqui mencionados.


Sobre isso, e sobretudo, é de Millor Fernandes as considerações sobre o tema:


"[...] As traduções, quase sem excessão ( e não falo só do Brasil), tem tanto a ver com original

quanto uma filha tem a ver com o pai ou um filho a ver com a mâe. Lembram, no todo, de

onde saíram, mas, pra começo de conversa, adquirem como que um outro sexo. No Brasil,

especialmente (o problema econômico é básico), entre o ir e o vir da tradução perde-se o

humor, a graça, o telento, a poesia, o pensamento, e, mais que tudo, o estilo do autor.

Fica dito- não se pode traduzir sem ter uma filosofia a respeito de assunto. Não se pode

traduzir sem ter o mais absoluto respeito pelo original e, paradoxalmente, sem o atrevimento

ocasional de desrespeitar a 'letra' do original exatamente para lhe captar o espírito. Não se

pode traduzir sem o mais amplo conhecimento da língua traduzida mas, acima de tudo, sem o

fácil domínio da língua para a qual se traduz. Não se pode traduzir sem cultura e, também,

contraditoriamente, não s epode traduzir quando se é um erudito, profissional utilíssimo pelas

informações que nos presta- que seria de nós sem os eruditos em Shakespeare? - mas cuja

tendência fatal é empalhar a borboleta.Não se pode traduzir sem intuição. Não se pode

traduzir sem escritor, com estilo próprio, originalidade sua, senso profissional. Não se pode

traduzir sem dignidade."

Millor Fernandes

De uma entrevista para a revista Senior- 1962


AS PRIMEIRAS COMÉDIAS


A Megera Domada


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Originalmente publicada como “The Taming of the Shrew”, é uma das comédias de costumes de William Shakespeare. Criada entre 1593/ 1594 teve origem em histórias ancestrais da tradição oral. O autor nos apresenta Catarina, a irrefreável primogênita de Batista a qual nenhum homem consegue domar. Esta tem uma irmã mais nova, a bela e meiga Bianca. Batista o pai das duas, só permitirá o casamento da caçula após o matrimônio de Catarina. Inícia-se então, a tortura dos vários candidatos à mão de Bianca que tecem uma conspiração com o objetivo de encontrar um pretendente para a rude, colérica e caprichosa Catarina. Eis que surge Petruchio, nobre originário de Verona. O aristocrata, na verdade, só está à procura de um dote generoso. É intencional o contraste entre a rispidez de Petruchio e a cortesia dos candidatos que pretendem se casar com a caçula. O autor encontra assim, um modo de ridicularizar a vida social da época. O matrimônio ocorre à revelia da protagonista. A peça oferece a oportunidade de avaliar os hábitos e as ações humanas neste período histórico que tem como assuntos essenciais: o casamento, os conflitos entre sexos opostos e o jogo de sedução, ingredientes sempre presentes na dramaturgia de Shakespeare.

A Comédia dos Erros


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Peça teatral do gênero farsa e comédia. Como muitas peças de Shakespeare que têm origens em textos clássicos, esta não foge à regra e é construída a partir de Os Menecmos (Os Gêmeos), do comediógrafo romano Plauto. Shakespeare adapta e cria uma nova peça com novos elementos contemporâneos. Em A Comédia dos Erros, a história gira em torno de um par de gêmeos, os Antífolos e os Drômios de Siracusa e Éfeso. Egeu, um comerciante de Siracusa, é condenado à morte em Éfeso por violar a proibição de andar a fronteira entre as duas cidades medievais. Enquanto é conduzido para sua execução, diz ao duque de Éfeso, Solino, que veio a Siracusa em busca de sua esposa e de seus filhos e servos gêmeos de quem fora separado há 25 anos por ocasião de um naufrágio. Dois dos gêmeos (um filho e um servo), que cresceram com Egeu, estão viajando o mundo em busca da metade faltante de sua família. No momento em que Egeu é preso, Antífolo e seu servo Drômio de Siracusa estão em Éfeso à procura de seus irmãos.


OS ROMANCES


A tempestade

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Uma Ilha é habitada por Próspero, Duque de Milão, mago de amplos poderes, e sua filha Miranda, que para lá foram levados à força, num ato de traição. Próspero tem a seu serviço Calibã, um escravo em terra, homem adulto e disforme, e Ariel, o espírito servil e que pode se metamorfosear em ar, água ou fogo. Poderes eruditos e mágicos de Próspero e Ariel combinam-se e, depois de criar um naufrágio, Próspero coloca na Ilha seus desafetos (no intuito de levá-los à insanidade mental) e um príncipe, noivo em potencial para a filha. Se o amor acontece entre os dois jovens, se a vingança de Próspero é bem-sucedida, se Calibã modifica-se quando conhece os poderes inebriantes do vinho, tudo isso Shakespeare nos revela no enredo desta que é considerada sua obra-prima – uma história de dor e reconciliação.


Conto de Inverno


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O Conto do Inverno é a peça teatral escrita no início do século XVII publicada no célebre Fólio de 1623, primeira coletânea das obras dramáticas do "bardo" de Stratford-upon-Avon, Conto de Inverno é um grande texto lírico, pastoral, além de romance psicológico.

Críticos tem a obra na conta de uma celebração mítica da ressurreição, hipótese um tanto dúbia. A peça é por definição é uma homenagem às ideias de ciclo e mutação. Em tempos nefastos em que vivenciamos, nem mesmo os mais ferozes ideólogos costumam politizar Shakespeare de seu realismo contido em profusão de matéria poética em sua obra.






OS PRIMEIROS DRAMAS HISTÓRICOS



"Meu reino por um cavalo"


Ricardo III


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Peça histórica de William Shakespeare e narra um pedaço da história da Inglaterra. Encenada pela primeira vez entre 1592 e 1593, com enorme sucesso, se passa no final da Guerra das Rosas, conflito sucessório pelo trono da Inglaterra ocorrido entre 1455 e 1485 que coloca em choque político os dois ramos da dinastia Planta­geneta: a Casa Real de York e a Casa Real de Lan­caster. A peça oferece uma visão rica dos bastidores políticos no que se refere à imoralidade e à ambição desmesurada para chegar ao poder. Ricardo, Duque de Gloucester – que de fato governou a Inglaterra nesse período, não sente remorso algum ao eliminar seus adversários, tramando complôs, traindo familiares e casando-se por interesse com o único fim de chegar ao trono.



TRAGÉDIAS DE APRENDIZADO


Tito Andrônico


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Tito Andrônico, um poderoso general da Roma Antiga, volta triunfante da guerra contra os godos. No entanto, sua recusa em se tornar imperador e as sucessivas mortes em decorrência da disputa pelo trono desencadeiam uma onda de vingança sem fim. As cenas por vezes chocantes de decapitações e mutilações, além de um estupro e de uma cena de canibalismo consiste em uma das mais violentas peças do Bardo de Stratford-upon-Avon.







"A morte, que sugou-lhe o mel dos lábios, ainda não conquistou sua beleza".


Romeu e Julieta


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Em Verona, Itália, por volta de 1600, a rivalidade entre os Montecchios e os Capuletos acentua-se e os conflitos estendem-se a parentes e criados, apesar do apelo do príncipe pela paz. Num baile de máscaras na casa dos Capuletos, Romeu Montecchio conhece Julieta Capuleto. A paixão é mútua e instantânea. Ao descobrir que pertencem a famílias inimigas, os dois se desesperam. Resolvem casar-se secretamente, com a cumplicidade de frei Lourenço. No entanto, o destino desse amor seria trágico.




Júlio Cézar


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A psicologia e o protagonismo da obra é Marco Júnio Bruto, por fornecer um psicodrama e um conflito íntimo entre sua honra, seu patriotismo e sua amizade. Embora o título seja Júlio César, ele aparece em apenas três cenas, e é morto no início do terceiro ato. A esposa de César, Calpúrnia, acaba por ter uma visão de que a vida de seu marido está em perigo; porém César termina por desdenhar a opinião de sua mulher. Shakespeare produz uma cena parecida com Pórcia, mulher de Bruto. Ela também quer participar da vida do marido, mas não consegue. Certamente se César e Bruto tivessem dado atenção às suas mulheres, suas vidas teriam tido um destino diferente. Cássio e Bruto e os outros conspiradores matam Júlio César. A pedido de Marco Antônio, o corpo de César é exibido à multidão com um pequeno discurso ao povo romano. Após os aplausos e a gratidão demonstrada pelos cidadãos, Marco Antonio assume a tribuna, com uma postura bem diferente, apesar da promessa assumida explicitamente ao seu antecessor de que nada faria para comprometê-lo, inclusive afirma reconhecer sabedoria nas palavras de Bruto. Dessa maneira, Marco Antonio declara que o amor de César a Roma era sincero, e que o povo era favorecido por esse amor, tanto que a vítima havia deixado em testamento setenta e cinco dracmas a cada cidadão romano. No seu discurso, refere-se aos assassinos como homens honrados que cometeram uma injustiça contra César. O discurso de Bruto busca carrear a culpa do crime à própria vitima das adagas. Bruto justifica-se qualificando César como ambicioso, cujo comportamento ensejou dos senadores as ações perpetradas. Entretanto, a estruturação da argumentação de Bruto – escravidão, ambição e liberdade –, referem-se ao campo das idéias, distantes das imagens empregadas por seu adversário. Marco Antonio, além de empregar imagens compreensíveis aos cidadãos romanos, assume o papel de vítima, ao lado do povo. Seu desejo era também livrar-se daqueles que eram inimigos declarados de César. Dessa forma, consegue fragilizar a condição dos senadores Bruto e Cássio, com o fim de alçar o poder, na condição de fiel e legítimo herdeiro político de Júlio César.


AS ALTAS COMÉDIAS


O Mercador de Veneza


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Uma de suas obras primas, essa peça tão apreciada em todos os tempos, trata-se de uma comédia romântica, mas um exame minucioso revela o tratamento de questões mais profundas. O mercador do título é Antonio; ele pretende ajudar seu amigo Bassânio, para que o mesmo possa viajar e ficar com sua amada Pórcia. Antonio decide pedir um empréstimo a Shylock. Caso não lhe pague no prazo marcado, ele exige uma libra de carne, de qualquer parte do corpo.





Muito Barulho por Nada


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Beatriz e Benedicto, nos dois dos personagens mais queridos do público de Shakespeare, que se fundamenta a parte cômica deste drama. Armam-se combates entre esses esgrimistas das palavras, dois alérgicos ao casamento, para o prazer do leitor ou platéia. Falsamente, a inocente donzela é acusada de ser uma rameira. A narrativa nos contempla com danças, baile de máscaras, cerimônia de casamento; flertes, nobres e damas de companhia; calúnias, duelos, confrontações verbais, cerimônia fúnebre, fuga e morte. A história tem dores e amores; a história é teatro, é Shakespeare.



Sonhos de uma Noite de Verão


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Peça das mais populares do Bardo de Stratford-upon-Avon. Nessa representação se expressam e harmonizam o real e o fantástico, o desejo e a razão, a sensatez e a loucura, num amálgama de tradições que Shakespeare reinventa e transforma para criar um mundo de sonho, infantil e lúdico, dando o contraste entre imaginação e realidade. No Monte Atena, Itália, o duque Theseus está prestes a se casar com Hipólita e, paralelamente, precisa resolver um problema, pois Egeus quer invocar uma lei para obrigar Hémia filha de Theseus, a se casar com Demetrius. Caso não concorde, ela se tornará uma freira, mas ela ama realmente Lysander e está disposta a passar toda a sua vida em um convento a entregar sua virgindade para um homem que não ama. Ironicamente, Helena se desespera, pois ama Demetrius mas dificilmente poderá desposá-lo. Enquanto os mortais tentam resolver estas diferenças, Oberon, o rei dos duendes que habitam a floresta, ordena que Puck, um duende que lhe serve, coloque filtros mágicos nos olhos dos mortais, para resolver a situação. Mas Puck comete um erro aumentando ainda mais a confusão. Paralelamente, Oberon se desentende com Titania, a rainha das fadas e a faz se apaixonar por Nick Bottom, um ator com cabeça de burro.


Trabalhos de Amor Perdido


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Ferdinando, rei de Navarra, e três lordes querem cultivar o espírito e o conhecimento. Decidem-se então a três anos de jejum, abstinência sexual, muito estudo e pouco sono - quem for flagrado com uma mulher será acusado de traição. Mas logo chegam a princesa da França e três damas de companhia, fazendo com que os homens se arrependam amargamente dos seus juramentos. Cartas são escritas e entregues ao destinatário errado, disfarces e máscaras roubam a cena nesta hilariante e atualíssima comédia de Shakespeare sobre a dificuldade de se manter a palavra.




OS GRANDES DRAMAS HISTÓRICOS


As Alegres Comadres de Windsor


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O conquistador John Falstaff decide cortejar ao mesmo tempo as senhoras Ford e Page, ambas casadas. Inconformadas com tamanha ousadia, elas planejam vingar-se do vigarista armando uma série de confusões. Em paralelo, Ana, filha da senhora Page, se vê às voltas com três pretendentes. Está formada uma rede de conquistas e intrigas que envolve os personagens em uma trama de final surpreendente.




AS 'PEÇAS-PROBLEMA'



Medida Por Medida

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Quando se ausenta de Viena, o duque Vicêncio deixa o poder nas mãos de Ângelo, um rigoroso juiz que faz cumprir à risca as leis contra a fornicação em vigor na cidade. Porém, a aplicação obstinada da lei resulta na separação de dois inocentes: por não terem seguido todos os trâmites legais ao casar-se, a gravidez de Julieta rende a Cláudio o encarceramento e uma condenação à morte. Isabella, noviça e irmã do prisioneiro, tenta reverter a sentença, mas Ângelo mostra-se irredutível – a não ser que a donzela esteja disposta a comprar a vida do irmão com a própria virgindade. Para tomar essa decisão, Isabella recebe a ajuda de um misterioso frei, que surge para ajudá-la a combater os malfeitos de Ângelo.



AS GRANDES TRAGÉDIAS


Antônio e Cleópatra


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De todas as representações femininas criadas por Shakespeare, a mim particularmente, Cleópatra é a mais complexa e impressionante. Enigmática e de tal astúcia relega ao militar Marco Antônio a posição de coadjuvante. Arquétipo da estrela, primeira celebridade mundial, Cleópatra é superior e não coleciona feitos. Coleciona “amantes”- Pompéu, Cézar e o próprio Antônio- conhecidos tão somente por seus serviços a Roma e fins trágicos. Sua morte é mais triunfal do que trágica, e por ser Cleópatra, para sempre, será célebre.



King Lear


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Escrita em 1606 por William Shakespeare (1564-1616) – Shakespeare resume o desgaste e a decrepitude que assolam o homem. O Rei Lear é uma das tragédias mais sublimes da literatura mundial. Ao chegar à velhice, Lear, rei da Bretanha, se vê obrigado a dividir seu reino. A maior desgraça para um monarca atingira-o: para protegê-lo e garantir sua sucessão, nenhum filho varão, apenas três filhas mulheres, Goneril, Regana e Cordélia. As duas primeiras são casadas, respectivamente, com o Duque da Albânia e com o Duque da Cornualha, olhos cobiçosos por sobre as terras bretãs, enquanto que Cordélia recusa-se a casar, para permanecer ao lado do pai. Mas o assédio de estranhos pelo reino não é o mal maior do qual padece o rei. A progressiva dificuldade de discernir as atitudes e os discursos daqueles que o cercam, o embotamento da percepção da sinceridade e da falsidade humana e a suspeita errônea de onde viria a traição são os males fatais para o outrora grande monarca.



Othelo

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Embora o general seja o personagem título da obra, a peça é do Iago. O alferes do general Othello pertence a uma classe típica em Shakespeare, a saber: de indivíduos dotados de intensa atividade intelectual e total ausência de princípios morais, e que ganham evidência às custas de terceiros, confundindo-lhes as fronteiras entre o bem e o mal, baseando-se em padrões forçados de sofisticação especulativa. Quem antes de Iago, na literatura ou na vida, dominou com tamanha maestria as artes da desinformação, da dissimulação, da desorientação, da manipulação e desordem?

Todo este talento converge para o projeto de destruição elaborado para atingir Othello. Dividida em 5 atos onde a estrutura dramática compõem-se de : Apresentação, desenvolvimento do conflito, clímax e resolução. Iago trama com Rodrigo contar a Brabâncio que sua filha casou-se com o mouro as escondidas. Othello o general de Iago, promove Miguel Cássio ao posto de tenente, posição almejada pelo alferes Iago. Brabâncio ao tomar ciência que Desdêmona fora desposada sem seu consentimento, sai furioso à procura de Othello para matá-lo. A convocação de uma reunião de emergência no senado adia as intenções de Brabâncio. No senado, Othello é acusado pelo pai de Desdêmona de ter enfeitiçado a filha, sendo desmentido pela própria. O casal parte para o Chipre onde Iago trama e executa a desgraça de Othello. É no V Ato, Cena II, que Othello, acreditando ter sido traído, vai ao quarto onde ela dormia, tira a vida da sua amada esposa Desdêmona. Ao descobrir que a matara injustamente, movido pelo ciúme e enganado pelas engendras do pérfido alferes Iago que matou a própria esposa Emilia, por ela ter revelado seu plano maligno. O general Othello, pôe fim à própria vida. Miguel Cássio, o tenente, passa a ocupar o posto de Othello e Graciano, herda todos os bens do mouro. Iago é preso e julgado.


Macbeth

"O poder é a escola do crime"


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Macbeth é um general do exército escocês que conta com enorme respeito do seu rei por sua lealdade e vitórias em batalhas. Certo dia, encontra três bruxas, que profetizam que ele um dia se tornará o novo rei da Escócia. Encorajado por sua manipuladora esposa Lady Macbeth, que lamenta nunca ter conseguido lhe dar herdeiros, Macbeth torna-se ambicioso e assassina o Rei Duncan, assumindo o trono. Atormentado pela culpa e paranóico, Macbeth se transforma em um rei tirano e cruel.



EPÍLOGO TRÁGICO


Coriolano


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O general romano Caio Márcio conquistou a cidade de Coroli aos Volscos e tornou-se o político mais odiado pelos romanos. A situação complicou-se quando, receosos de que o alastramento da fome aumentasse ainda mais o rancor entre as classes, não acataram as terríveis sugestões de Coriolano. Furioso com o que considera uma vergonhosa capitulação dos patrícios frente à plebe e banido pelos romanos, não tarda em refugiar-se nos acampamentos dos Volscos, inimigos de roma naquele tempo. Ansiando por vingança, alia-se ao rei inimigo, Aufidius, para cercar Roma que sofria ainda dos problemas causados pelo calor do verão. Diz a lenda que foi a mãe de Caio Márcio, juntamente com a sua esposa, Virgínia, que, ao visitá-lo nas trincheiras o demoveram de submeter a sua cidade natal a tamanho sofrimento. Acatando o apelo das duas retorna para a cidade dos Volscos onde é morto pelo povo que o acusa de falsidade e traição.












 
 
 

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